INICIATIVAS COMO FAZER COMPRAS PARA SEU VIZINHO DO GRUPO DE RISCO E DAR AULAS ON-LINE TÊM INSPIRADO PESSOAS, EM TODO O BRASIL, A SEREM SOLIDÁRIAS
O distanciamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir que o novo coronavírus se espalhe, na verdade, tem aproximado pessoas. Elas estão se dispondo a fazer compras em mercados e farmácias para evitar que idosos e demais pessoas do grupo de risco precisem sair às ruas. Outras dão aulas gratuitas on-line e cuidam da saúde mental da sua rede de afeto.
Para nós, aqui da Natura, cada pessoa é um mundo, e todo mundo importa. Pensando nisso, selecionamos seis iniciativas simples para você ajudar o outro e estar perto de um jeito novo!
1. Ajude os trabalhadores autônomos
Os trabalhadores autônomos vêm sofrendo com o atual cenário, já que não possuem salários fixos e o número de clientes caiu ou zerou neste momento de quarentena. Se você é cliente de alguém que está nessa situação – e se isso estiver ao seu alcance –, um grande ato de solidariedade é contribuir financeiramente com esse profissional (diarista, professor particular, personal etc.), mesmo ele estando impossibilitado de trabalhar. Uma outra forma de contribuir é divulgando o trabalho dele em suas redes sociais.
2. Faça compras para seu vizinho do grupo de risco
“Queridos vizinhos idosos ou em grupo de risco para o coronavírus, fico à disposição de vocês para ir ao mercado e/ou farmácia, caso precisem de algo. Atenciosamente, Fernanda, apto. 123.” Este recado foi escrito à mão, em uma folha de caderno, por Fernanda Martins, moradora da região central da cidade de São Paulo.
Depois de ver algumas ideias circulando nas redes sociais, Fernanda resolveu demonstrar solidariedade. “Precisava fazer algo. Muitos dos meus vizinhos são idosos, ainda trabalham e costumam ir ao mercado com muita frequência. Então, escrevi o bilhete, coloquei no quadro de recados do prédio e no elevador”, diz Fernanda.
Se você é jovem e saudável, reserve uma parte do seu tempo para ajudar seus vizinhos mais suscetíveis à doença. Colabore para que não tenham motivo para saírem de casa. Você pode fazer como a Fernanda, deixar um recado em grupos de WhatsApp e/ou se cadastrar como voluntário na plataforma Ajuda Coronavírus.
“A circulação de pessoas ainda existe aqui no centro. Então, é muito menos arriscado eu ir ao mercado no lugar dessas pessoas, porque não faço parte do grupo de risco e tomo todo cuidado com a higiene, inclusive quando entrego as compras aos meus vizinhos”, afirma Fernanda.
3. Ofereça aulas on-line de alguma habilidade sua
Se você toca algum instrumento, sabe fazer meditação, conhece exercícios físicos ou fala outro idioma, essa é uma ótima oportunidade para mostrar suas habilidades dando aulas on-line. É o que está fazendo a professora de inglês da rede pública de ensino Larissa Oliveira, no interior da Bahia.
“Por mais que existam aulas no YouTube com vários professores de inglês e outras matérias escolares, que poderíamos indicar, nossos alunos querem nos ver ensinando a lição, eles gostam da nossa presença. Eu testei, senti-me bem gravando, aí resolvi fazer”, conta a professora.
Larissa tem usado o Instagram para dar suas aulas. A ação não faz parte de um requisito escolar, mas tem sido feita para aproximar professora e alunos neste momento de crise. Ela tem recebido mensagens de amigos e o feedback positivo dos ex e atuais estudantes, que matam a saudade, respondem as atividades e mandam fotos.
4. Apoie um banco de alimentos
Os bancos de alimentos têm se tornado cada vez mais necessários na luta contra o novo coronavírus, visto que nosso país tem um grande número de pessoas morando na rua. Para ter uma ideia, apenas na capital paulista, 24 mil pessoas vivenciam essa situação, segundo dados da Secretaria da Assistência Social da Prefeitura de São Paulo, de 2019.
Essas pessoas se alimentam com a ajuda de bares e restaurantes, que, neste momento, estão fechados. Assim, o banco de alimentos se torna uma importante fonte de ajuda, pois tem como objetivo arrecadar doações de alimentos para distribuir a quem precisa.
Para saber como se tornar um doador, informe-se na prefeitura da sua cidade. Você também pode buscar por “bancos de alimentos” na internet. Se você mora na cidade de São Paulo, pode clicar aqui para ajudar.
5. Adote um idoso que mora sozinho
Essa ideia é bastante simples: basta estar disponível para conversar pelo WhatsApp. Essa é a proposta da pesquisadora brasileira Marília Duque , o Anjo no WhatsApp. “Ainda não é uma plataforma que conecta pessoas dispostas a ajudar e idosos, pode ser que vire. Por enquanto, é uma campanha de conscientização focada na própria rede de contatos de cada um de nós”, descreve Marília.
Neste momento, a ideia é começar por perto. Procure na sua lista de contatos, pergunte para seus amigos, preste atenção nos seus vizinhos. Com certeza, perto de você, existe um idoso que mora sozinho e que vai ficar muito feliz com sua “companhia”. Você pode mandar mensagem perguntando como ele está, se dormiu bem, se alimentou, teve tosse. Além disso, vocês podem jogar conversa fora e fugir do tédio!
6. Rolê à distância com amigos e familiares
As pessoas estão ansiosas e apreensivas com a saúde de familiares e amigos. Além disso, as preocupações sociais e econômicas também batem à porta. Indivíduos trabalham em casa pela primeira vez. Recebem notícias sobre a crise a todo momento e estão sujeitos a outras situações que o distanciamento social demanda. Então, mais do que nunca, é preciso cuidar da saúde mental – nosso e da nossa rede de relações.
Aproveite o momento para promover encontros virtuais com seus familiares, amigos ou pessoas da sua vizinhaça. Você pode fazer uma videochamada com o Skype, WhatsApp ou qualquer outra plataforma da sua preferência. Reúna essas pessoas para trocar novas experiências, fazer uma roda de música ou tomar aquele vinho. Ah, chama o novo amigo idoso para esse rolê! Em breve, estaremos nos abraçando, mas, por enquanto, podemos abraçar essa causa.
(Texto Blog Natura, publicado em 8 Abr 2020)
Consultora Evanice Miranda
